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Mensagem: HISTORIADOR JOÃO BOTELHO NETO Finados. O pavilhão brasileiro hasteado a meio pau, na entrada da Câmara dos Vereadores, em São Francisco, confirmava o decreto de luto oficial de dois dias pelo falecimento do ex-vereador João Botelho Neto, notório pesquisador da história local e ecologista consagrado. Merecidamente homenageado pela municipalidade e aplaudido por todas as pessoas que o estimavam e admiravam, seu nome está imortalizado na galeria dos beneméritos de sua cidade por ter sido guardião do patrimônio histórico e cultural e zelador vigilante da Natureza. Cogita-se de sua indicação para patrono do centro cultural a ser implantado no prédio do antigo Cine Canoas, ora fechado.João Botelho Neto, um nome que jamais será esquecido pelas gerações sanfranciscanas, provém de tronco familiar tradicionalmente vinculado ao amanho da gleba e ao pastoreio, no sertãozinho do Pajeú. Nasceu em 31.01.1932 e faleceu em 01.11.2007, aos 75 anos de idade, querendo viver mais algum tempo para completar sua obra de pesquisa histórica e ver o seu amado Rio São Francisco salvo da degradação que o ameaça. Ele era um homem que sonhava e trabalhava pela realização de seus sonhos. Fez seus estudos no afamado Colégio São João, de Januária, e na Universidade de Viçosa, de onde saiu graduado técnico agrícola. Dedicou seu talento e as energias de sua juventude ao serviço público, nada exigindo em troca de sua dedicação. Exerceu a vereança em Brasília de Minas e São Francisco, gratuitamente, e chefiou gabinetes de diversos prefeitos, em seu município natal. Sobretudo, apaixonou-se pela narrativa dos sábios naturalistas europeus que percorreram o Norte de Minas, no século XIX, tanto que pretendia publicar um estudo especial sobre a matéria que tanto o atraiu. Deixou livros publicados e também uma grande saudade. Era membro do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros e secretário da Academia de Letras, Ciências e Artes do São Francisco - ACLECIA. Casou-se, em primeiras núpcias, com Áurea Neves de Oliveira, com quem constituiu família. Enviuvando, contraiu matrimonio com Joanita Cunha, que chora sua ausência. Gozava de invejável reputação de cidadão e chefe de família exemplar, impondo-se ao respeito geral. Fundou a ONG Preservar, cujo nome diz tudo: preservação dos bens culturais e naturais para manter viva a memória de um povo rico em tradições. Sabe-se que o eminente historiador Braziliano Braz registrou atos e fatos ocorridos no passado de São Francisco. E que o pesquisador João Botelho Neto batalhou para que a história local não caísse na vala comum do esquecimento coletivo. Sua alma partiu para a Eternidade, no dia de todos os santos. E seu corpo desceu ao jazigo, no dia de todos os finados.
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