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Mensagem: Amor e apego ao lugar José Prates O amor, o apego ao lugar em que nascemos ou fomos criados, nasce espontaneamente na gente. É uma espécie de gratidão pelo que esse lugar fez ou contribuiu para o nosso progresso na vida e, por isso, não perdemos qualquer oportunidade que nos é oferecida para mostrar esse agradecimento, seja de que maneira for. Os que passaram a residir em outras partes, por conveniência própria ou imposição do trabalho, como é o nosso caso, procuram por todos os meios possíveis, contato com a cidade, com a vila, com a fazenda ou o que seja, para satisfazerem não propriamente à curiosidade, mas, a necessidade de continuar vivendo o que acontece ali, no seu dia-a-dia. Vibra de alegria pelo que é bom e chora pelo que é mau. Quando têm oportunidade, como é o nosso caso, protestam publicamente pelo que é mau e, também, publicamente elogiam o que é bom e faz bem à saúde do pedaço de chão que tanto querem. Por isso, é grande a satisfação de qualquer uma dessas pessoas quando recebe um convite para integrar-se a um pacto de amor ao lugar que ama e tem como seu. Nós recebemos o convite para nos somarmos aos filhos da terra num “pacto de amor a Montes Claros”, convite que nos honrou, sobremodo. O argumento para estabelecimento do pacto, apresentado pelo Sr. Prefeito Tadeu Leite é perfeitamente válido e digno de elogio porque mostra a preocupação em manter acesa a a qualquer tempo, a chama do desenvolvimento do município. Argumenta ele que “o prefeito passa, os políticos passam, mas a cidade fica. Os cidadãos permanecem. Tudo o que fizermos de bom para a nossa cidade será útil para o futuro, independente de quem esteja à frente do seu comando.” Dentro desse raciocínio lógico, um pacto dessa natureza, se cumprido fielmente, poderá tornar-se uma forma de assessoramento aos governantes, apresentando sugestões ou projetos que atendam às necessidades do lugar. Por outro lado, pode ser, também, sem desprezar o assessoramento, uma maneira de fiscalização do governo municipal, apontando falhas e cobrando soluções. Para quem está distante, como nós, fazendo parte do pacto, resta apenas, oferecer sugestões ou pedir explicações sobre isto ou aquilo que esteja ocorrendo, porque muitas vezes, as informações que nos chegam não são completas e muita coisa que aconteceu ou vai acontecer, passa despercebida ou pode nos conduzir a erros e enganos. O pacto é, então, uma forma de unir em um bloco, os interessados no bem da cidade ou do município. Muita coisa que acontece na cidade ou mesmo no município nós desconhecemos por falta de informações. Agora mesmo, foi buscando novas informações sobre o esporte na cidade que ficamos sabendo da criação da Secretaria de Juventude Esporte e Lazer, parece-me que inédita no Estado, quiçá no país, que tem eficaz atuação na parte desportiva do municipio, preparando jovens para competições e apoiando times de futebol e vôlei que competem nos campeonatos estaduais e nacionais, como foi o caso do time de vôlei, no último campeão nacional da Super liga. A preparação de jovens no esporte, “utilizando a Praça de Esporte”, segundo o nosso informante, está em pleno desenvolvimento agregando nesse preparo jovens dos nove aos quatorze anos, visando o crescimento das atividades desportivas. Está em andamento ou já foi concluído, projeto Viva Volei dentro do convênio da Secretaria de Esportes com a Confederação Brasileira de Volei, visando integrar cerca de seiscentos jovens num programa de treinamento para profissionalização na voleibol. Pois é. Tudo isto nós desconhecíamos e o desconhecimento dessas coisas pode nos levar a imaginar tudo parado, sem nenhum trabalho nessa área tão importante na formação do jovem montesclarense. Não ficou, apenas, na informação que nos chegou. Procuramos em contato com amigos e familiares checa-las e recebemos sua confirmação. Isto nos alegrou e nos comoveu. Parabéns ao Montes Claros jovem, dedicado ao esporte que é progresso. (José Prates, 84 anos, é jornalista e Oficial da Marinha Mercante. Como tal percorreu os cinco continentes em 20 anos embarcado. Residiu em Montes Claros, de 1945 a 1958, quando foi removido para o Rio de Janeiro, onde reside com a familia. É funcionário ativo da Vale do Rio Doce, estando atualmente cedido ao Sindicato dos Oficiais da Marinha Mercante, onde é um dos diretores)

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