Os dados aqui preenchidos serão exibidos.
Todos os campos são obrigatórios

Mensagem: Os cidadãos búlgaros Dona Rosa e o marido, Sr. Christo, pai do Dr. Konstantin, estão nesta fotografia, primorosa, do filho, em algum lugar dos anos 40. A mesa simples, o bule de café, o copo dágua, a prateleira e a folhinha na parede fixam o cotidiano de um casal que se dedicou integralmente ao plantio de hortaliças e verduras, inaugurando um tempo em Montes Claros. Não se sabe se a cena foi capturada aqui, na chácara onde hoje é o bairro Barcelona, ou se em Belo Horizonte, para onde o casal se mudou. A fotografia pertence à magnífica coleção de ensaios do fotógrafo Konstantin, que tinha na daguerreotipia daquela época - quando já era cirurgião médico consagrado - a sua distração, o derivativo. A foto seguinte já não é da autoria de Konstantin. Ele é o retratado. Fixa o sepultamento do Sr. Christo, em Montes Claros. O casal havia perdido o segundo filho, o engenheiro Rayo, em acidente de avião, na Jaíba. Numa cerimônia tornada ainda mais grave pelo hábito severo das irmãs da Santa Casa e do Colégio Imaculada, o pai de Konstantin é selado à campa, e um Konstantin, de terno preto, compungido, acompanha os funerais, tendo perto de si a mãe, dona Rosa, amparada por Alice Caldeira. Ainda são vistos: o italiano Italo Camisasca, de prole e vida marcantes em Montes Claros, e Maria Haydée Caldeira. irmã de Mozart, grande amigo de Konstantin. Os ciprestes do cemitério do Bonfim em M. Claros estão pequenos e disputam altura com os mausoléus erguidos para o céu. Nesta mesma campa do pai foi sepultado o Dr. Konstantin, há poucas semanas. Os meninos de pé no chão completam a cena, num campo santo ainda desprovido de qualquer tipo de calçamento – mas, então, isento de atos de selvageria e de banditismo, como hoje ocorrem.

Preencha os campos abaixo