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montesclaros.com - Ano 25 - sábado, 21 de dezembro de 2024
 

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Mensagem: (Durante anos, o escritor e agrimensor Nelson Vianna, nascido em Curvelo e apaixonado por M. Claros, desde que aqui chegou, pesquisou a história da cidade. Foi a arquivos, jornais, revistas e livros, entrevistou pessoas, vasculhou correspondências – enfim, buscou em toda parte fontes que permitissem levantar a história do município de M. Claros. Conseguiu. Processou sua longa procura e publicou ´Efemérides Montesclarenses´, que cobrem o período de 1707 a 1962, revelando o que - neste período - aconteceu de mais importantes no cotidiano de nossas vidas. Nelson Vianna, apaixonado por M. Claros, reconhecido ao historiador Hermes de Paula, mais novo do que ele, mas seu auxiliar no trabalho, prestou - prestaram os dois, é preciso gritar isto - uma das mais notáveis contribuições à civilização dita montesclarina. Morreu sem ostentar riqueza material, mas o seu legado espiritual cresce a cada dia, embora ainda não seja suficientemente reverenciado. O tempo, sempre ele, também fará esta reparação. Republicar a resenha histórica pacientemente ajuntada pode ser um começo. Pelo calendário do dia, sairá publicado aqui, desde este 12 de janeiro de 2011, o que ele conseguiu desvendar no vasto tempo de 255 anos - entre 1707 e 1962, de uma Montes Claros nascente, criança e juvenil. Ajudará a cidade a se localizar. Talvez, a se achar. E haverá sempre um preito de gratidão a estes dois - Nelson Vianna e Hermes de Paula, e a muitos outros que, no silêncio, onde Deus fala aos Homens, recolhem o aplauso geral): 23 de abril 1833 – Lê-se, na sessão da Câmara Municipal de Montes de Formigas, um requerimento do padre Feliciano Fernandes de Aguiar, em que pede “concessão de um terreno para edificar nesta Vila, ao pé da Capela principiada de Nossa Senhora do Rosário”. Essa “Capela principada” estava situada no largo de Santo Antônio, hoje praça João Cattoni, no bairro do Rosário Velho, e jamais ali seria construída inteiramente, na ocasião. Em maio de 1839, José Joaquim Marques pedia licença à Câmara para erigir a Capela do Rosário, não no lugar onde encontravam os esteios da projetada ermida, mas no local onde se manteve por mais de um século, no começo da hoje avenida Cel. Prates. Embora José Joaquim Marques, naquele tempo Juiz de Paz e agente dos Correios, tivesse a iniciativa de sua edificação, parece que esta mais se realizou com o auxílio e o trabalho dos pretos, escravos ou não, pelo que se deduz da leitura dos velhos arquivos. Segundo a lenda, no dia 16 de agosto de 1886, falecia no largo da Soledade (praça Dr. Carlos), aos 104 anos de idade, o escravo africano conhecido por Bernardo Coletor, assim apelidado porque recebia esmolas de outros escravos para a construção da Igrejinha do Rosário. Tinha prestígio entre os companheiros e foi Capitão no Terno Dançante de São Benedito. Condenada na década de 1950, a Igreja do Rosário foi demolida pela Prefeitura de Montes Claros, caindo as suas últimas paredes, pela ação do trator, a 10 de dezembro de 1960. Quando ainda se achava intacta, trazia indevidamente na sua fachada a data 1834. 1862 – Nomeado em março de 1862, o professor interino de Latim e Francês, José Coelho Tocantins de Gouveia, é removido do Serro para Montes Claros Tomás Antônio Teixeira de Gouveia, professor de Latim e Francês. 1887 – Em sessão da Câmara Municipal de Montes Claros é aceita a proposta de fornecimento de sustento aos presos pobres da Cadeia local, pela Santa Casa de Caridade, ao preço de 300 réis de diária, para cada preso. 1897 – Falece dona Gabriela Gertrudes de Oliveira Cata-Preta Versiani, aos 62 anos de idade. Nasceu em Ouro Preto, filha do cap. Manoel Fernandes de Oliveira Cata-Preta e dona Maria Amélia de Oliveira Castro. Era casada com o dr. Carlos José Versiani, médico e antigo Presidente da Câmara Municipal de Montes Claros e Deputado Geral e Provincial. 1928 – Pela lei nº 651, fica considerado oficialmente Municipal, para efeitos de equiparação, o Colégio Montes Claros, que terá administração autônoma, com a obrigação de adotar o programa ginasial, passando a denominar-se Ginásio Municipal de Montes Claros. 1936 – Falece, no Rio de Janeiro, o grande estadista e homem público, dr. Francisco Sá. Nasceu na fazenda Brejo do Santo André, então município de Grão Mogol, do Santo André, então município de Grão Mogol, Minas, a 14 de setembro de 1862, filho de Francisco José de Sá Filho e dona Agostinha Josefina de Sá. Fez o curso secundário em Diamantina, diplomando-se em engenharia pela Escola de Minas de Ouro Preto, em 1884, tirando o primeiro lugar em sua turma, de que foi o orador oficial. Exerceu o cargo de Secretário do Presidente da Província do Ceará, dr. Carlos Honório Benedito Otoni, logo após a sua formatura. Elegeu-se Deputado Provincial pelo Estado de Minas e depois Deputado Geral pelo Ceará. Quando foi proclamada a República, regressou a Minas, e neste Estado, desempenhou as funções de Diretor do Serviço de Terra e Colonização. Fez parte do Governo do Estado de Minas, como Secretário da Agricultura, na presidência Bias Fortes. Logo depois foi eleito Deputado pelo Ceará e, em seguida, representante daquele Estado na Câmara Alta. Como Ministro da Viação na presidência de Nilo Peçanha e na de Arthur Bernardes, construiu estradas de ferro, portos, aumentou as linhas telegráficas e as comunicações postais, iniciou o combate às secas e estimulou a exploração de minérios. Para Montes Claros, por se ter esforçado ao máximo para ali inaugurar a E.F. Central do Brasil, o que se concretizou a 1º de setembro de 1926, “foi o maior e melhor amigo”, tal como se acha gravado na placa de bronze do movimento que lhe perpetua a glória, na praça que tem o seu nome, em Montes Claros, em frente à Estação da Central do Brasil. Sua memória é justamente venerada pelos montesclarenses. Pelos dons extraordinários de tribuno, aliados à vasta cultura, foi considerado o primeiro parlamentar brasileiro em sua época. Era casado com dona Olga Acioly. 1958 – Falece Hermes Pimenta com 48 anos de idade. Nasceu em Montes Claros, filho de Domiciano Ferreira Pimenta e dona Vicência Pereira de Araújo. Foi empreiteiro de obras da Prefeitura Municipal de Montes Claros e era casado com dona Maria Emília Paulino. 1960 – Falece, repentinamente, Sebastião Dias Soares, conhecido geralmente por Sebastião Peba. Foi, por muitos anos, um dos componentes da centenária banda de música Euterpe Montesclarense. Exerceu as profissões de seleiro e de sapateiro e tornou-se popular como condutor de loucos da cidade de Montes Claros para o Sanatório de Barbacena. 1961 – É inaugurado o Posto de Correio e Telégrafo na localidade de São João da Vereda. 1962 – Inaugura-se, às 9,30 horas, o novo prédio do Banco do Brasil S. A. em Montes Claros, na praça Dr. Carlos, esquina com a rua Carlos Gomes. A bênção das instalações foi oficiada pelo Cônego Quirino Queiroga, representando o Bispo da Diocese. Ao ato compareceram autoridades civis e militares, comerciantes, industriais, fazendeiros e pessoas ligadas às atividades bancárias. Usou da palavra o agente do Banco do Brasil nesta cidade, Benjamin Rodrigues de Sousa, falando em seguida o dr. João Valle Maurício, Presidente da Câmara Municipal de Montes Claros. A agência do Banco do Brasil foi instalada na cidade de Montes Claros a 13 de janeiro de 1940, no mesmo local onde ora se inaugura a sua sede própria.

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