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Mensagem: Adeus, dona Syria E lá se foi, aos 106 anos, encontrar com seu amado, que partira 28 anos antes - o competente e caridoso farmacêutico de Santa Luzia, Antônio de Castro Silva, mais conhecido por ´Seu Castrinho´ -, minha querida amiga Dona Syria Gonçalves Teixeira de Castro. Partiu em plena lucidez, muito mais pelo peso das longas primaveras que, pelo menos aqui, não mais compartilhará com seus filhos Roberto, Márcio, Deínha e Maria Helena. Uma vez um larápio invadiu a residência de Dona Syria. Ela o dissuadiu da intenção de furtar, deu-lhe dinheiro, comida e quase uma hora de bons conselhos, para que ele, um jovem, deixasse a senda do crime. E conseguiu convencê-lo. Quando ele se levantou para ir embora ela o acompanhou até o elevador. O jovem indagou-lhe sobre a razão de tamanha gentileza: — Eu vim aqui furtar da senhora, a senhora me dá dinheiro, me alimenta, me enche de bons conselhos e ainda me leva até o elevador? Ao que Dona Syria respondeu: — Meu jovem, resido aqui há mais de 40 anos e toda visita que vem aqui em casa eu levo até o elevador. Assim era essa grande mulher, sempre alegre, cheirosa, elegante e culta, eterna mestra dos Luzienses. Roberto Elísio, seu filho, grande jornalista e colunista do ´Hoje em Dia´, dedicou-lhe uma crônica que encerrou assim: “Agora, partiu. O Céu, certamente, abriu-lhe logo as portas. E bem à entrada, o marido que a esperava há quase 28 anos: — Syria, você demorou muito a chegar, minha filha. Eu já não estava aguentando de tanta saudade. Sem você do meu lado, até o Céu era incompleto”. Agora, para nós, sem Dona Syria, será a Terra é que estará incompleta.
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