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montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
 

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Mensagem: AINDA FALANDO DOS ANJOS Falando dos anjos, Veríssimo disse: “antigamente era mais fácil. Os anjos apareciam para as pessoas e lhes diziam o que fazer; ou o que ia lhes acontecer. Hoje, o anjo da anunciação não passaria do interfone do prédio. Quem é?” “Eu sou o anjo do Senhor e... Quem? Um anjo do Senhor e trago... Não é daqui não.” Greeley disse-nos que, no outono, há quatro tipos de anjo: um padre, um psiquiatra, um policial e um amante. Pois foi um desses anjos que segurou o incêndio da escola Nossa Senhora da Graças, em Chicago, em 1958. Michelle McBride, uma sobrevivente, afiançou que também um deles a inspirou a escrever o livro “O Fogo Não Morrerá.” Esses santos anjos criados pelo Senhor são assim. Quando menos se espera, lá estão eles, de novo. Encontrei, certa vez, um pedaço de papel escrito a lápis na Praça da Matriz. Continha uma oração dirigida a São Miguel, este um arcanjo e pedia que o mesmo nos defendesse na batalha contra o demônio, que nada mais é do que Luzbel, o esplendoroso, um arcanjo decaído, um ser celeste que, ao exercer o seu livre arbítrio, contestou a existência do Pai, dá para imaginar. Uma criatura contestando o seu criador. Pois foi assim! Imagine só o troar da dita batalha, na imensidão do cosmo. Nobres senhores e senhoras, Ana Maria achava que o seu anjo era mulher, mas, ao escrever um poema, disse assim: - Príncipe de Vênus, me envolva nas solitárias noites de revolta/Príncipe de Vênus me acompanhe... Uma questão de sintonia. José Martinho de Melo relata que Felipe Semmelweis, o descobridor da assepsia, era um anjo disfarçado, pois impediu que a febre puerperal proliferasse, obstando a vinda de mais almas ao mundo de Deus, em missão. Ontem, dormi pensando no anjo de guarda de Gisele Bunchen, que fez o que fez por ela, e ainda a levou ao Xingu, para receber um descarrego através da pajelança. Veja bem como são eles. Aqui nos Montes Claros, Olindina, minha saudosa sogra, me disse que viu e conversou com um anjo, que parecia com sua avó, e que retornou em sonho e lhe ensinou onde encontrar Paulo Pereira, o seu irmão perdido em l938, no interior da Bahia, na grande migração, e que esse mesmo anjo lhe ensinou a voar quando estivesse dormindo. Meu amigo Felippe Prates (hoje residindo na Barra da Tijuca) tem um anjo que adora um porre de scoth. Gosta, também, de uma boa cachacinha Santa Rosa, na garrafa arrolhada e de uma noite de tango em um lupanar, desde que a parceira seja capricorniana morena e dos olhos verdes! Já o escritor e notívago Augusto Vieira Neto, o Bala Doce, ou Bala Brando, como se diz no facebook, piloto noturno com milhares de horas de vôos pelos caminhos diletantes de Baco e Vênus, tem um anjo de guarda que é atleticano! Comenta-se nos bastidores musicais do Norte de Minas, que Tico Lopes já há muito tem acesso ao seu anjo guardião, um “Deimon”, recebendo do mesmo, instruções sempre precisas, de como bater na pele do tambor. Eu, particularmente. Às vezes, faço uma tremenda confusão na minha cabeça latina. Fico sem saber se nós somos sombras e eles os originais, ou se somos verdadeiros e eles, imaginários. Em 1976, dormitei debaixo de uma marquise, no Jardim Baccachere, em Curitiba. Num fim de tarde chuvosa, percebi a presença do meu anjo de guarda. Perguntei-lhe, então, assim como o fez também Calderon de La Barca: - Es la vida, suenõ? E, na mesma ocasião, solicitei que ele me instruísse na decodificação do Shefer Yethzherar, o livro da criação, que contém os segredos da Cabala e, consequentemente, a teoria da mecânica do cosmo. Encerrando a crônica, relato o que disse o anjo da guarda ao poeta Guilherme de Almeida; - E quando o homem, resgatado da cegueira, puder ver Deus num simples grão de argila errante, terá nascido neste instante a mineralogia derradeira...

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