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montesclaros.com - Ano 26 - sábado, 2 de agosto de 2025
 

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Mensagem: Fora dos autos Manoel Hygino Rogério Medeiros Garcia de Lima está com livro novo na praça. Coisa boa com certeza, porque se trata de um ás da maior expressão nos meios literários e jurídicos. Desta vez, vem a lume “Fora dos Autos”, lançado pela Juruá, de Curitiba, com 290 páginas de crônicas e contos, prosa poética, perfis biográficos e ensaios literários. A biografia do autor é extensa. Foi cuidadoso até ao nascer, pois não queria confundir datas e fotos: aconteceu em 8 de setembro de 1961, um dia após as comemorações de aniversário da Independência, numa cidade histórica de Minas Gerais, também terra natal de Tancredo Neves e de outros brasileiros ilustres. Refiro-me a São João del-Rei. O autor é minucioso, como sempre, mas não fala onde se fez o registro civil por nascimento e o batismo. Para dar nome ao novo trabalho editado não teve dúvida: “Fora dos Autos”, por existir um antigo preceito, muito repetido no Brasil: juiz só fala nos autos. Depois de cursar segundo grau na Escola de Cadetes do Ar em Barbacena, conseguiu definir o futuro. Filho e neto de médicos, começou a estudar Medicina, como o antropólogo Darcy Ribeiro, e o escritor Edmilson Caminha e eu mesmo. Cada um achou seu caminho. Cada macaco em seu galho. E eis Rogério Medeiros formado em Direito, promotor, juiz, desembargador, corregedor, presidente do Tribunal Eleitoral, professor de Faculdade, orador consagrado, conferencista, percorrendo o mundo para participar de congressos, sempre no ramo do Direito. O escritor confessa: “Nunca deixo de me preocupar com a clareza, objetividade, autenticidade, beleza dos textos, inclusive os textos jurídicos”. E é isso que o leitor encontrará no novo livro que nos chega de Curitiba. Em “Fora dos Autos”, destaca-se Ernesto Sábato, o notável argentino, doutor em Física que se tornou escritor, ex-militante do Partido Comunista no seu país, posteriormente ardoroso defensor dos direitos humanos. A ele, Rogério Medeiros dá especial atenção em seu livro recém-publicado. A descrição feita pelo autor mineiro é triste: “Ernesto Sábato viveu muitos anos. Recebeu duros golpes da vida. Velho e fragilizado, a doença da esposa Matilde e a morte do filho Jorge quebraram as suas últimas resistências. A cada dia era um pouco menos ele mesmo. Seu olhar opaco não ia mais além das plantas do jardim, das estantes da biblioteca ou dos quadros nas paredes da casa. Durante muito tempo, viveu um largo silêncio. As pessoas que o cercavam respeitaram a distância que separava Ernesto da vida”.

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