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Mensagem: Dr. Konstantin foi embora José Prates Sulcando as águas do Atlântico, em longos dias navegando, nos idos anos trinta, chegava ao Brasil vindo de Strajitza na Bulgaria, trazido pelos pais, um menino de nove anos destinado a tornar-se montesclarense e incorporar-se à história do lugar pela sua inteligência e seu trabalho humanitário. Nome estranho que pouca gente pronunciava com correção: Konstantin Kristoff. Desde pequeno a vocação para a arte plástica Já se manifestava anunciando o grande artista que seria, conhecido no país inteiro e orgulho do povo da terra que lhe adotou como filho e que ele sempre amou. A medicina veio conduzida pela vontade de servir ao próximo, amenizando-lhe o sofrimento num leito de hospital. Era na Santa Casa na enfermaria dos pobres, onde, junto com a irmã Beata, cuidava com carinho dos enfermos ali internados, dando vazão ao seu sentimento humanitário. Era o cirurgião competente que atendia a todos no leito do hospital ou na mesa de operação, sem perguntar quem fosse ou o que fosse. Era no, no Studio, o artista plástico famoso, mas, humilde, sem vaidade, que levou o nome de Montes Claros como seu berço, além das fronteiras do Estado. Era o Konstantin que para muitos virou Constantino, o amigo e companheiro nas rodas de amigo ou à beira do leito de um paciente. Era o Konstantim que por força de convicção própria, aos oitenta anos, converte-se ao catollcismo, aceitando Jesus Cristo como Deus. E foi como cristão, que ontem, dia 21, deixou este mundo, levado pela morte. Montes Claros e o Estado, sentem e lastimam a perda desse ilustre homem que no trajeto de sua caminhada neste mundo, todo ele em Montes Claros, foi o ícone montesclarense das artes plásticas e da competência e amor à medicina. Vai embora, como todos nós, um dia, iremos, mas deixa não apenas saudade, mas, também, uma grande e irreparável falta que todos nós sentimos. (José Prates, 84 anos, é jornalista e Oficial da Marinha Mercante. Como tal percorreu os cinco continentes em 20 anos embarcado. Residiu em Montes Claros, de 1945 a 1958, quando foi removido para o Rio de Janeiro, onde reside com a familia. É funcionário ativo da Vale do Rio Doce, estando atualmente cedido ao Sindicato dos Oficiais da Marinha Mercante, onde é um dos diretores)
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