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Mensagem: Montes Claros receberá estação para monitorar terremotos - Luiz Ribeiro - Montes Claros deverá receber uma estação do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB) para estudar os frequentes tremores de terra que ocorrem na cidade desde novembro de 2009. O último deles, de magnitude 3,2 na Escala Ricther, foi registrado no último dia 5.O assunto será discutido nesta quarta-feira, em reunião na sede da Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene (Amams), que contará com a presença do chefe do Observatório Sismológico da UnB, professor Lucas Vieira Barros. Ele atenderá a convite da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec), que, por sua vez, recebeu da Defesa Civil Municipal pedido para fazer um diagnóstico sobre os abalos sísmicos que ocorrem na cidade. O professor Lucas Vieira Barros adiantou à reportagem do Estado de Minas que a intenção é estabelecer ações para verificar as reais causas dos abalos de terra ocorridos em Montes Claros, tendo em vista que estudos apontam a existência de uma “fonte sismogênica”, ou seja, uma fenda geológica, na região. Os estudos indicariam a dimensão da falha geológica e qual a intensidade máxima dos abalos que podem acontecer na área. Vieira Barros disse que a proposta é que venha ser instalada em Montes Claros uma estação sismográfica, em caráter temporário. “Mas, em um futuro breve, poderá ser instalada uma estação para funcionar de forma definitiva”, afirmou. Também no Norte de Minas, na comunidade de Caraíbas, município de Itacarambi, em 9 dezembro de 2007 ocorreu um abalo de magnitude 4,7 que provocou a primeira morte em decorrência de terremotos no Brasil. A vítima foi uma menina de 5 anos. O fenômeno destruiu ou danificou as 76 casas de Caraíbas e as famílias tiveram que ser transferidas para a sede de Itacarambi, onde receberam novas casas em um conjunto habitacional construído pelo Governo do Estado. A saída foi recomendada pela Defesa Civil e pelos próprios técnicos do Observatório da UnB, tendo em vista a possibilidade de ocorrência de outros abalos por causa de uma fenda geológica no lugarejo. Mas, passados dois anos, alguns antigos moradores de Caraíbas voltaram para a localidade, alegando que não tem como viver na cidade, pois dependem das lavouras e da criação de pequenos animais.
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