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montesclaros.com - Ano 25 - domingo, 22 de dezembro de 2024
 

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Mensagem: Norte de Minas terá 2 estações sismográficas - O Norte de Minas ganhará duas estações sismográficas de uma só vez. A Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec) anunciou a aquisição de uma unidade a ser montada em parceria com a Universidade Estadual de Montes Claros e o Observatório Sismológico da Universidade de Brasília. E o Ministério da Integração Nacional se dispôs a liberar os recursos para que a Prefeitura de Montes Claros também adquira o equipamento. Nos últimos 20 meses, a cidade teve 11 tremores de terras registrados pelo Observatório Sismológico de Brasília. O último deles foi no dia 5 de março, com magnitude de 3,2 graus.Nesta quarta-feira (23) foi realizado um encontro para discutir o assunto no auditório da Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene. O chefe da Cedec, coronel Luiz Carlos Dias Martins, informou que o Governo de Minas autorizou a compra do equipamento. Como ele é produzido nos Estados Unidos e na Inglaterra, será aberta uma licitação internacional. O coronel lembrou que o primeiro tremor de terra em Montes Claros ocorreu em 1968, enquanto o maior foi registrado em 1995 - 3,7 graus na Escala Richter. O professor Lucas Vieira Barros, do Observatório Sismológico de Brasília participou do encontro. Ele cobrou a instalação da estação sismográfica em Montes Claros, já que estão ocorrendo vários tremores de baixa magnitude na cidade que não são detectados em Brasília, por causa da distância. A ideia é que a estação atenda todo o Norte de Minas, fornecendo oficialmente a localização do epicentro para que o fenômeno seja estudado. De acordo com o especialista de Brasília, os tremores de terra registrados em Montes Claros podem ser explicados pela localização do município, que está sobre uma falha geológica. Esta falha, segundo o professor, não oferece maiores riscos. Ele lembra que o que a população sente é a movimentação das placas tectônicas. Mas observa que é reduzida a possibilidade da cidade ser epicentro de qualquer tremor de terra de maior porte, com o ocorrido recentemente no Japão, pois a terra é contínua no Norte de Minas. Professor descarta explosões como causa O professor descartou a possibilidade de os tremores de terra serem decorrência de explosões nas pedreiras da cidade, como aventou o próprio Observatório Sismológico em 15 de dezembro de 2009. De acordo com Lucas Vieira Barros, as detonações obedecem horários pré-estabelecidos, que não coincidem com a hora em que os tremores foram registrados. Como exemplo, o especialista afirma que uma pedreira que usar 200 quilos de dinamite pode provocar um tremor de 2 graus na Escala Richter, o que não ocorreu em Montes Claros. O assessor especial da Prefeitura de Montes Claros, Paulo Dias Lopes, anunciou a liberação de recursos para a compra do sismógrafo. Segundo ele, falta apenas definir se a verba será repassada pela administração municipal ou por outra instituição. Para o professor Lucas Vieira, a instalação de um maior número de estações sismográficas ajuda nos trabalhos de pesquisa.

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