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Mensagem: Barulho excessivo, caso de saúde pública José Prates Foi agora, há poucos dias, que as autoridades municipais e policiais de Montes Claros, norte de Minas, foram aos fabricantes do barulho que perturba a população e lhes fizeram calar, em obediência às leis do silêncio e as posturas municipais. Essa providencia mereceu o elogio de todos e, no principio, pareceu que o problema, motivo de tantas reclamações, estava resolvido. Agora, de uns dias para cá, o Mural voltou a publicar reclamações no mesmo sentido, porque o barulho voltou e voltou em vários locais, perturbando o sossego dos moradores, impedindo o descanso de quem trabalha o dia inteiro. Não adianta estarmos aqui falando sobre as leis que proíbem tal prática, porque isto já foi cansativamente falado; não adianta a Prefeitura ir lá e com panos quentes fazer o barulho parar porque, amanhã, tudo estará de volta, com mais intensidade, até. O que tem a fazer agora é aplicar a punição que a lei estabelece porque, infelizmente, somente o poder das punições, principalmente multas, pode fazer o barulho desaparecer. Todo mundo está cansado de saber que o barulho excessivo, esse barulhos que vem das boates quase sempre ilegais e dos carros de som no ultimo grau de volume além do que a lei permite, circulando pelas ruas, é prejudicial não só ao sossego, à tranqüilidade do habitante, mas, à saúde pública. Trata-se de fato comprovado pela ciência médica. Os malefícios que o barulho causa inclui-se a perturbação da saúde mental, além da poluição sonora que ofende o meio ambiente e, conseqüentemente afeta toda a população à medida em que os níveis excessivos de sons e ruídos causam deterioração na qualidade de vida, na relação entre as pessoas, uma conseqüência da irritabilidade que o barulho excessivo provoca em quem o suporta. Além de tudo isso, os especialistas da área da saúde auditiva informam que ficar surdo é só uma das conseqüências de suportar ruídos alem do limite permitido pela audição humana. Um grupo de médicos incluindo otorrinos, que pesquisou os problemas causados pelo excesso de ruído a que está sujeito uma pessoa, chegou à conclusão de que “Os ruídos são responsáveis por inúmeros outros problemas como a redução da capacidade de comunicação e de memorização, perda ou diminuição da audição e do sono, envelhecimento prematuro, distúrbios neurológicos, cardíacos, circulatórios e gástricos. Muitas de suas conseqüências perniciosas são produzidas inclusive, de modo sorrateiro, sem que a própria vítima se dê conta” Como vemos, a questão do barulho excessivo como o que a população montesclarense suporta, não é, apenas, um caso de policia, mas, também, ou principalmente, de saúde publica. Se é assim, não podemos dizer que somente à Prefeitura compete combater a irregularidade, mas, também, o Estado e a própria União pelo caráter universal de prejuízos à saúde pública. Entendemos e esperamos, então, que a Prefeitura tome a iniciativa e convoque o Estado e a União para juntos combaterem esse mal, fazendo cessar a atuação dos fabricantes de barulho. Apliquem as punições que falam mais alto e se fazem ouvir. (José Prates, 84 anos, é jornalista e Oficial da Marinha Mercante. Como tal percorreu os cinco continentes em 20 anos embarcado. Residiu em Montes Claros, de 1945 a 1958, quando foi removido para o Rio de Janeiro, onde reside com a familia. É funcionário ativo da Vale do Rio Doce, estando atualmente cedido ao Sindicato dos Oficiais da Marinha Mercante, onde é um dos diretores)
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