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montesclaros.com - Ano 25 - sábado, 21 de dezembro de 2024
 

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Mensagem: Tadeu Leite acusado de desviar R$ 300 mil de verba de saúde - Ana Flávia Gussen - A Procuradoria Regional da República ajuizou uma denúncia contra o prefeito de Montes Claros, Luiz Tadeu Leite (PMDB), e o ex-prefeito Athos Avelino (PPS), por suposto desvio de R$ 300 mil da Fundação Nacional da Saúde (Funasa). Segundo a denúncia, a verba, fruto de um convênio firmado em 2005 entre a Funasa e o executivo municipal, não foi contabilizada na prestação de contas da gestão de Avelino. Já o atual prefeito só teria oferecido a denúncia contra o sucessor um ano e cinco meses depois de expirado o prazo. De acordo com o procurador regional da República, Blal Dallol, Leite teria feito a denúncia com o objetivo de tirar o nome do município do cadastro negativo, para receber novos repasses. Segundo relatou na denúncia, os denunciados teriam cometido crime de prestar contas no prazo devido, o que configura crime de responsabilidade. A verba teria como destino a construção de três unidades de saúde em Montes Claros. Procurado pelo Hoje em Dia, Luiz Tadeu Leite afirmou que não tem conhecimento sobre o destino da verba e acusou o antecessor de ter desaparecido com diversos documentos antes de lhe passar a prefeitura. “Eu não denunciei o suposto desvio antes porque não sabia da existência do convênio. Quando assumi a prefeitura, muitos documentos haviam sido destruídos. Tive que começar tudo do zero. Denunciei assim que recebi a notificação da procuradoria”, declarou o prefeito. Tadeu Leite é adversário político de Athos Avelino e declarou não ter interesse em “acobertar” o antecessor. Depois de oferecer a denúncia, a procuradoria aguarda análise do processo para, posteriormente, acatá-la ou não. Esta não é a primeira vez que Athos se envolve com denúncias de irregularidades. Ainda em julho do ano passado, Athos teve seu registro de candidatura indeferido pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) por ser “ficha suja”. Na época ele se candidatou a deputado estadual pelo PPS. Em julho de 2009, Athos e seu vice Sued Kennedy Parreira Botelho foram julgados inelegíveis por três anos por abuso de poder político, uso indevido dos meios de comunicação durante a campanha de 2008 e não apresentação de certidões criminais, cíveis ou de escolaridade. Athos Avelino foi procurado pelo Hoje em Dia, mas seu telefone esteve desligado durante toda a segunda-feira (18).

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