China reage ao tarifaço de 104% e estuda, nesta quarta-feira, restringir empresas americanas no seu território e mudanças na cadeia de suprimentos

O governo chinês afirmou nesta quarta-feira (9) que responderá com firmeza à imposição de tarifas de 104% sobre produtos chineses, medida adotada pelos Estados Unidos sob ordem do presidente Donald Trump.

As novas taxas passaram a valer oficialmente hoje e afetam diversas categorias de importações, ampliando a tensão comercial entre as duas maiores economias do mundo.

Em comunicado divulgado pelo Ministério do Comércio da China, Pequim declarou que irá tomar “medidas resolutas e eficazes” para salvaguardar seus direitos legítimos, classificando a ação dos EUA como uma violação dos princípios do comércio internacional e um gesto de provocação econômica.

As tarifas, anunciadas como parte da política de proteção ao mercado americano, incidem sobre uma ampla gama de produtos, desde itens industriais até eletrônicos e materiais básicos.

A China, que já havia reagido à primeira rodada de tarifas na semana passada, estuda novas formas de retaliação, como restrições a empresas americanas em solo chinês e mudanças na cadeia de suprimentos.

Especialistas internacionais avaliam que o novo capítulo da guerra comercial pode ter impactos significativos nos mercados globais, inclusive na estabilidade cambial, investimentos e na inflação mundial.

A comunidade internacional acompanha com atenção os desdobramentos, diante do risco de um novo ciclo de instabilidade econômica global.