Nova Lei de Estrangeiros em Portugal, que aguarda assinatura do presidente, muda o quadro e prejudica muito os migrantes brasileiros
Quarta 16/07/25 - 22h46O Parlamento de Portugal aprovou instrumentos que dificultam vistos, reagrupamento familiar e acesso à cidadania, impactando sobretudo brasileiros.
As regras exigem residência legal de dois anos para reagrupamento e limitam vistos de trabalho.
Nova unidade policial UNEF também foi criada.
O texto agora será avaliado pelo presidente de Portugal.
AMPLO
O Parlamento de Portugal aprovou nesta quarta-feira, 16 de julho, um amplo pacote de medidas que reformam a política de imigração no país e alteram a Lei de Estrangeiros.
A iniciativa exige agora que brasileiros e outros imigrantes da língua portuguesa residam por dois anos legalmente antes de poderem trazer familiares, e limita a concessão de vistos de trabalho a pessoas consideradas altamente qualificadas.
Também encerra a possibilidade de regularização de turistas brasileiros já em solo português.
Outra parte central do pacote prevê a criação da Unidade Nacional de Estrangeiros e Fronteiras (UNEF) dentro da Polícia de Segurança Pública, que ficará responsável por controlar vistos, permanência, deportações e acomodação de migrantes.
As medidas seguem para sanção do presidente Marcelo Rebelo de Sousa, que tem entre 20 e 30 dias para aprová-las ou vetá-las.
Em caso de veto total ou parcial, o Congresso poderá derrubar a decisão presidencial.