Coronel que assumiu tortura pode ter sido vítima de vingança ou de roubo seguido de morte. (Na guia do enterro, estava escrito - problemas do miocárdio)
Sábado 26/04/14 - 9h O delegado Fábio Salvadoretti afirmou que ainda não é possível descartar nenhuma hipótese para explicar o assassinato do coronel da reserva do Exército Paulo Malhães (foto), no sítio onde morava, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Uma das hipóteses é que o crime tenha relação com o depoimento de Malhães na Comissão Nacional da Verdade, em março, quando relatou ter participado de prisões e torturas durante a ditadura militar. "Pode ter sido um homicídio por motivo de vingança e até mesmo um latrocínio, uma vez que foram levados vários pertences da vítima", disse o delegado. Segundo ele, os criminosos fugiram com dois computadores, 3 armas, aparelho de som, joias e 700 reais em dinheiro. Segundo as investigações, os assaltantes arrombaram a casa por volta de 13 horas de quinta-feira e ficaram esperando a chegada de Malhães e de sua mulher Cristina para rendê-los. O caseiro estava na propriedade, mas não teria percebido a invasão e também foi rendido. Malhães foi morto por sufocamento. Os criminosos amarraram o caseiro e Cristina e foram embora às 22 horas.
ENFARTE
Edema pulmonar, isquemia de miocárdio e miocardiopatia hipertrófica - estas teriam sido as causas da morte do coronel, segundo documento utilizado para o enterro.
LATROCINIO
William Pena Júnior, delegado de Homicídios, acha que a hipótese mais provavél para a morte do coronel reformado do Exército é a de latrocínio - quando, roubar, o autir causa a morte da vítima.