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Mensagem: Golpista da internet confessa assassinato - Luiz Ribeiro - Um relato frio para desvendar o mistério sobre a morte da secretária e estudante de psicologia Janinha Pereira de Freitas, de 37 anos, assassinada em Montes Claros , no dia 13. “Eu acabei agredindo ela com um cinzeiro de cristal, que estava em cima da cômoda. Ela cambaleou para cima da cama. Logo depois, veio gritando para cima de mim. Eu segurei ela pelo braço e dei uma gravata. Aí, enrolei o fio do telefone no pescoço dela.” As palavras expressam a versão do assassino confesso Danilo Éderson Fernandes, de 28 anos, transferido para a cidade do Norte de Minas depois de preso em São Paulo. Ele deu detalhes sobre o assassinato da mulher, que conhecera pela internet três semanas antes. Bem articulado, ao ser apresentado à imprensa, Danilo disse que não pretendia matar a secretária, mas roubá-la. No entanto, sustenta ter cometido o homicídio depois de uma discussão. O criminoso alegou que sua intenção era enganar Janinha como fez com várias outras vítimas, todas conhecidas em sites de relacionamentos. Com palavra fácil e boa aparência, o rapaz marcava encontro com as mulheres. Na primeira oportunidade, roubava as parceiras, levando, principalmente, notebooks, celulares e máquinas fotográficas, antes de fugir sem deixar pistas. “Eu me relacionava com as mulheres. Depois que elas dormiam, pegava as coisas e ia embora”, confessou. Durante todo o tempo da apresentação, Danilo demonstrou calma, respondendo a todas as perguntas dos repórteres. Só falou em arrependimento uma vez. “Estou”, limitou-se a responder, ao ser perguntado se estava arrependido. Ele contou que viajou de ônibus de São Paulo a Montes Claros, na tarde de sábado, dia 12. “Eu ia ficar em um hotel, mas ela (Janinha) disse que eu poderia ficar na casa dela mesmo”, contou. No domingo, Danilo esteve com a secretária todo o dia. Na casa de Janinha também esteve um casal amigo dela, que foi embora por volta das 23h. Danilo afirma que manteve relação sexual com a vítima, que, segundo ele, foi consensual, o que contraria laudo da perícia, que indica que a vítima também sofreu violência sexual. Logo depois, conta, teria começado uma discussão, por causa de uma ligação telefônica que ela recebeu. “O motivo real foi uma discussão besta, um desentendimento. Ela recebeu uma ligação. A gente começou a discutir”, alegou. Depois, ainda respondendo a uma pergunta, alegou que Janinha partiu para cima dele com uma faca, que, no entanto, não foi encontrada pela perícia na cena do crime. Por outro lado, segundo a polícia revelou que foi constatado que houve resistência por parte de Janinha. Policiais que prenderam Danilo em São Paulo disseram que ele apresenta marcas recentes de unhadas no braço direito. Danilo relatou que logo após o crime, ainda de madrugada, por volta de 1h do dia 14, roubou o notebook, a impressora, um telefone celular e duas câmeras fotográficas de Janinha e fugiu em um táxi clandestino até Belo Horizonte, onde pegou outro ônibus para fazer o restante da viagem até São Paulo. Ele revelou ainda que pagou as passagens com R$ 284 que roubou da secretária. Mais mulheres caíram no golpe Danilo Éderson contou que começou usar a internet para aproximar de mulheres com intuito de roubá-las há nove meses. Admitiu ter feito nove vítimas nesse período, a maioria de Minas Gerais. Ainda com muita tranqüilidade, ele confessou que mesmo depois do crime em Montes Claros e da divulgação de que ele estava sendo procurado em todo país, continuou tentando achar mais vítimas. Admitiu que, na semana passada, manteve contato telefônico com uma mulher de São Sebastião do Paraíso, no Sul de Minas, que conheceu pela internet. Mas, ao receber a ligação, a mulher fez referência à morte de Janinha. “Você viu pela televisão aquele crime de Montes Claros, esse negócio de internet não é perigoso?”, questionou. A pergunta livrou a mulher de ser a próxima vítima do criminoso. “Quando ela perguntou isso, desliguei o telefone”, revelou Danilo, confirmando que também apagou seu perfil no Orkut. A pista principal que levou a polícia de Minas até Danilo foi um cartão esquecido por ele na casa de Janinha, com os dados da lan house “Sky”, na Rua Cásper Libero, na Região Central de São Paulo. Lá ele foi preso na manhã de quarta-feira. No momento da prisão, se preparava para roubar mais uma vítima.
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