Este espaço é para você aprimorar a notícia, completando-a.
Clique aqui para exibir os comentários
Os dados aqui preenchidos serão exibidos. Todos os campos são obrigatórios
Mensagem: (Durante anos, o escritor e agrimensor Nelson Vianna, nascido em Curvelo e apaixonado por M. Claros, desde que aqui chegou, pesquisou a história da cidade. Foi a arquivos, jornais, revistas e livros, entrevistou pessoas, vasculhou correspondências – enfim, buscou em toda parte fontes que permitissem levantar a história do município de M. Claros. Conseguiu. Processou sua longa procura e publicou ´Efemérides Montesclarenses´, que cobrem o período de 1707 a 1962, revelando o que - neste período - aconteceu de mais importantes no cotidiano de nossas vidas. Nelson Vianna, apaixonado por M. Claros, reconhecido ao historiador Hermes de Paula, mais novo do que ele, mas seu auxiliar no trabalho, prestou - prestaram os dois, é preciso gritar isto - uma das mais notáveis contribuições à civilização dita montesclarina. Morreu pobre, materialmente pobre, mas o seu legado espiritual cresce a cada dia, embora ainda não seja suficientemente reverenciado. O tempo, sempre ele, também fará esta reparação. Republicar a resenha histórica pacientemente ajuntada pode ser um começo. Pelo calendário do dia, sairá publicado aqui, desde este 12 de janeiro de 2011, o que ele conseguiu desvendar no vasto tempo de 255 anos - entre 1707 e 1962, de uma Montes Claros nascente, criança e juvenil. Ajudará a cidade a se localizar. Talvez, a se achar. E haverá sempre um preito de gratidão a estes dois - Nelson Vianna e Hermes de Paula, e a muitos outros que, no silêncio, onde Deus fala aos Homens, recolhem o aplauso geral): 1.º de março 1900— Nasce em Grão Mogol, Minas, Antônio Alves Paulino, filho de Cassimiro Alves Ferreira Paulino e dona Isabel Fernandes Paulino. Vindo, bastante moço, para Montes Claros, foi comerciário, entregando-se depois à carreira de negociante por conta própria, profissão em que se acha até a presente data. Foi Juiz de Paz do distrito da cidade, de 1954 a 1958, e Diretor do Clube Montes Claros desde a sua fundação. 1916— Falece o cap. Antônio Francelino Lafetá. Nasceu no arraial de Coração de Jesus a 8 de agôsto de 1850, vindo para Montes Claros em 1879. Era filho do comendador Januário da Costa Lafetá e dona Francelina Fernandes Lafetá. Casou-se em Montes Claros com dona Maria Chaves de Queiroga, em 30 de outubro de 1886. Adotando a princípio a profissão de comerciante, passou a exercer o cargo de Escrivão de Órfãos, em substituição a José Rodrigues Prates Júnior, tendo feito parte do quadro da Intendência Municipal de Montes Claros. Inteligente, culto e probo, foi um dos grandes animadores de todos os empreendimentos que concorressem. para o progresso da região. 1916— A tarde, a fim de comemorar a vitória eleitoral do Deputado Honorato José Alves em determinada zona, sôbre o seu antagonista, Deputado Camilo Prates, organizou-se um grupo de partidários do beneficiado, resolvido a promover uma passeata pelas ruas da cidade, manifestando assim o seu regosijo pelo resultado alcançado. Já incorporados, acompanhados da banda de música Filarmônica Operária, e munidos dos indefectíveis foguetes e bombas em profusão, marcharam aos vivas, em direção à parte mais antiga da cidade, onde se localizava a maior parte das fôrças adversas. Parece que um dos mais infelizes inventos do homem foguetes, e bombas, tem o seu ponto alto na irritação e humilhação do adversário batido, provocando-lhe o natural sentimento de revolta e conseqüente reação. O emprêgo desordenado dos estúpidos engenhos, com tal finalidade, tem ocasionado resultados funestos, inúmeras vêzes, sendo que os que mais sofrem são os órfãos e viúvas que choram o ente querido, sacrificado no embate de fôrças opostas — e Montes Claros tem tido mais de um exemplo nefasto a lamentar, sendo o primeiro, parece, o episódio de Pedro Neto ferido por Francisco Freire, ainda no século passado. Desceram os honoratistas pela rua Direita, hoje Dr. Velloso, e penetraram na praça Dr. Chaves, onde residia o Deputado Camilo Prates, adversário do dr. Honorato. Ali a banda de música iniciou a execução da peça Dormes Carmélia. Talvez por desafio, mas certamente por imprudência, resolveram os da passeata passar em frente à casa do chefe do partido contrário. Se até então vinham fazendo uso imoderado dos explosivos, ali redobraram de atividades e mais ruidosas se tornaram as aclamações. Aumentava o espoucar dos fogos à medida que avançavam, quando, ao passarem em frente à casa de Camilo Prates e ao ser atirada uma bomba de grande poder explosivo à sua porta, ouviu-se, vinda lá de dentro, uma voz irritada que repelia: — Não insultem meu pai! A estas palavras seguiram-se disparos de armas de arma de fogo que dispersaram os manifestantes pela praça dando em resultado, entre êsses, quatro mortos e sete feridos, dos quais, três gravemente. 1931 — Realiza-se a primeira sessão ordinária do Conselho Consultivo da Prefeitura Municipal de Montes Clarc sob a presidência do Prefeito Orlando Ferreira Pinto, tendo tomado posse o conselheiro João Antônio Pimenta de Carvalho. 1934 — Sob a presidência do dr. José Bessone de Oliveira Andrade, Juiz de Direito da Comarca de Montes Claros, no salão nobre da Prefeitura local, toma posse do cargo de Prefeito Municipal de Montes Claros engenheiro Carlos da Matta Machado, nomeado por ato do Govêrno do Estado, datado de 15 de fevereiro 1934, em substituição ao dr. Orlando Ferreira Pinto. __ Falece, em Belo Horizonte, dona Dalva de Oliveira Novais, espôsa de Euniison Novais. Nasceu em Montes Claros, filha do dr. José Tomás de Oliveira e dona Aura Sarmento Oliveira. 1936— Realiza-se, na Santa Casa de Caridade de Montes Caros, a eleição da nova Mesa Administrativa do estabelecimento, sendo eleito Presidente o dr. Antônio Pimenta. 1951— A “Gazeta do Norte” desta data noticia que acaba de ser inaugurado o edifício Tolentino, situado na praça Dr. Carlos, esquina com a rua Governador Valadares, em Montes Claros, de propriedade de Manuel Tolentino. 1958 — E’ empossada a nova Diretoria da Sociedade Montesclarense de Odontologia, sendo eleito Presidente o dr, Sebastião Moreira. 1962— Segundo telegrama procedente de Belo Eorizonte, recebido pela “Gazeta do Norte”, foi aprovado o ato da Inspetoria Seccional da Capital do Estado, que autoriza o funcionamento condicional do segundo ciclo do Ginásio e Escola Normal Oficial de Montes Claros, que passa a chamar-se Colégio e Escola Normal Oficial de Montes Claros (CENO).
Trocar letrasDigite as letras que aparecem na imagem acima