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Mensagem: Janaúba de hoje José Prates A sensação que eu tive, quando li a mensagem de Luciana Ramos, falando sobre Janaúba, foi de um pai ouvindo falar de um filho que cresceu e tornou-se adulto. Na mente desse pai, não vem o homem feito, a mulher casada, mas, a criança pequena, indefesa, necessitando de ajuda. Nunca vemos o filho como homem feito, nem a filha como mulher casada que nos deu netos. Para nós, são sempre as crianças. É assim que vejo Janaúba, engatinhando devagar, saindo da Praça da Igreja rumo à beira do Gorutuba ou subindo lentamente para a Estação, querendo chegar aos domínios do Dr. Mauricio Azevedo. Não me sai de memória a criança Janaúba sob os cuidados do vovô Antonino Catulé, acariciada por aquele mundo de gente que vinha de fora, trazido pelo trem. Quando ouço falar em Janaúba, vêm-me à memória Veraldino Conrado da Silva, dona Lourdinha e as meninas Dalva e Dalma que me acompanharam na adolescência responsável, na Janaúba criança. Hoje é a Janaúba mulher adulta que cresceu para lá e para cá, atravessando o Gorutuba e indo muito além dos domínios do dr. Mauricio. É a Janaúba de Luciana que tem a empresa Coca-cola no bairro Santa Cruz, que não tenho idéia de onde fica. É a Janaúba da goiabada ou marmelada light que comprei num super-mercado da Barra, aqui no Rio. Não é a minha Janaúba, nem a Janaúba do dr. Mauricio, do Antonino Catulé, de “seu” Veraldino nem de Moisés Bento Lacerda, Esses devem estar lá em cima, contemplando a cidade e dizendo um para o outro: “Quem diria, hein!” E eu estou aqui em baixo, lendo o jornal e dizendo pra mim mesmo: “nunca pensei que isso fosse acontecer” Mas, aconteceu graças à dedicação dos janaubenses e gorutubanos que eu não vi nascer. Vamos deixar de lado o passado e vamos pensar no hoje. Vamos contemplar a cidade gorutubana na sua estrada de desenvolvimento e vamos nos orgulhar desse povo que nos sucedeu. O que fizemos? lançamos o alicerce. Essa meninada de hoje, meninada sim, netos e bisnetos dos Antoninos Catulé, dos Moiséses e dos Marcolinos que lutaram e terminaram a construção que seus avós e bisavós começaram. Nós fizemos a cidade nascer, eles a fizeram creser em tamanho e importância. O que nos resta a fazr? apenas dizer: muito obrigado, garotada! (José Prates, 84 anos, é jornalista e Oficial da Marinha Mercante. Como tal percorreu os cinco continentes em 20 anos embarcado. Residiu em Montes Claros, de 1945 a 1958, quando foi removido para o Rio de Janeiro, onde reside com a familia. É funcionário ativo da Vale do Rio Doce, estando atualmente cedido ao Sindicato dos Oficiais da Marinha Mercante, onde é um dos diretores)
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