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Mensagem: A título de curiosidade, leiam este artigo sobre os sismos que aconteceram em Montes Claros em 2009. http://www.obsis.unb.br/index.php?option=com_content&view=article&id=88%3Amontes-claros-15012009&catid=40%3Arelatorios&Itemid=88〈=pt: Informe Técnico Científico da Atividade Sísmica de Montes Claros (MG) (tremor do dia 15/01/2009, magnitude 2,2) George Sand França, Daniel F. Caixeta, Kate T. de Souza, Cristiano N. Chimpliganond Histórico O primeiro relato de sismo em Montes Claros (MG) remonta ao ano de 1978 (Berrocal et al., 1984), no entanto o primeiro surto de sismicidade aconteceu em 1995, entre os dia 27 e 28 de agosto, com máxima magnitude de 3,7 na Escala Ritcher. Em 1999, ocorreu um outro tremor de terra com magnitude determinada em 3,5. Essas atividades não foram estudas com detalhe pela comunidade científica. Atividade Recente Desde o dia 15 de dezembro de 2008 (magnitude 2,3), um total de 4 eventos foram detectados na área até a presente data. Na determinação dos parâmetros hipocentrais para esses eventos foi utilizada a estação sismográfica mais próxima (código JAN7), localizada aproximadamente a 180 km do epicentro, no Distrito de Caraíbas, Município de Itacarambi (MG), e por este motivo apresenta erros de localização da ordem de ±5 km. O último tremor, ocorrido no dia 15 de janeiro de 2009 (magnitude 2,2), também foi sentido por parte da população de Montes Claros. A Figura 1 mostra os registros dos 4 eventos detectados pela Estação JAN7 com epicentros (estrela) a 10 km NW da cidade de Montes Claros (Figura 2). Aspectos Tectônicos A leste e sudeste de Montes Claros são observadas diversas falhas e zonas de cisalhamentos que foram geradas em tempos pretéritos, enquanto que nas proximidades da cidade são evidenciados lineamentos estruturais com direções NNE-SSW. Estas feições estruturais foram geradas provavelmente em um ambiente tectônico de esforço leste-oeste compressivo. No entanto, não há até o presente momento, nenhum estudo que permita a correlação dessas estruturas com a distribuição dos epicentros dos tremores já detectados na região. Dessa forma, somente um estudo detalhado da sismicidade da área poderá permitir correlacionar ou não a atividade sísmica com alguma estrutura mapeada. Não podemos descartar a hipótese de fonte artificial (explosões) para estes eventos, uma vez que existem pedreiras e mineradoras na área epicentral. Comentários Finais A ausência de estações sismográficas para monitoramento sísmico na região norte do Estado de Minas Gerias corrobora com a baixa precisão na determinação de tais parâmetros. A única estação sismográfica que monitora essa região, englobando a área de Montes Claros (em torno de 180 km), não gera resultados suficientes para um correlacionamento direto da atividade sísmica com as feições estruturais mapeadas na área, e somente um estudo detalhado da região poderá identificar epicentros com melhor precisão e com isso atenuando os futuros efeitos de terremotos. A atividade sísmica até esse momento não apresenta risco para a população e nem produz danos estruturais, devido aos sismos apresentarem magnitudes com valores baixos. Embora a probabilidade de acontecer um grande terremoto seja muito pequena, as conseqüências de um evento de maior magnitude poderiam ser muito sérias, principalmente em construções precárias, como observado no Distrito de Caraíbas – Município de Itacarambi (MG) devido ao terremoto de magnitude 4,9 ocorrido em 9 de dezembro de 2007 (Relatório Especial-SIS 2007). A característica da sismicidade brasileira é da presença de pós-abalos ou réplicas, i.e., após a ocorrência de tremor com magnitude expressiva, pequenos abalos são registrados posteriormente. Entretanto, é impossível conhecer esse comportamento sem um estudo mais detalhado na área de interesse. Não há parâmetros suficientes para correlacionar esses pequenos tremores de Monte Claros com o tremor de Caraíbas de dezembro de 2007. Recomendações i.Nos bairros afetados se faça uma vistoria em residências precárias, até solicitar reformas quando necessário; ii.Encaminhar um estudo detalhado da área em Sismologia, ou no caso de ausência de recurso, solicitar através de Defesa Civil um estudo macrosísmico; iii.Curso de formação em Terremotos para os professores do ensino médio e fundamental de Montes Claros, fazendo com isso mais um meio de divulgação na comunidade; iv. Avaliar os planos de fogos em Pedreiras e Minas nas proximidades do município e repassar essas informações aos órgãos de pesquisa. Referências BERROCAL, J.; ASSUMPÇÃO, M.S.; ANTEZANA, R.; DIAS NETO, C. M.; ORTEGA, R.; FRANÇA, H.; VELOSO, J.A.V. (1984) Sismicidade do Brasil. IAG-USP, São Paulo, Brasil, 320p. RELATÓRIO ESPECIAL-SIS (2007) Relatório Especial - Estudo da Sismicidade de Caraíbas- Itacarambi/MG, 10 de dezembro de 2007, 22p. Figura 1 - Sismogramas das componentes vertical da Estação JAN7 em Januária. (Data e magnitude de cada evento na parte superior de cada registro) Figura 2 - Mapa da Sismicidade com raio de 200 km. A estrela representa os últimos quatro eventos em Montes Claros.
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