Este espaço é para você aprimorar a notícia, completando-a.
Clique aqui para exibir os comentários
Os dados aqui preenchidos serão exibidos. Todos os campos são obrigatórios
Mensagem: ´Qua 16/03/11 - 12h25 - Hoje espremido e ignorado, o palacete da ´Gazeta do Norte´ recebeu a distinção (naqueles dias de guerra) de espalhar o primeiro sinal de rádio´ Acho que hoje é véspera de Natal. Acho que estou, digamos, um pouco fugido de casa, ali perto. É noite. Vou pela rua 15, que já se chama Presidente Vargas, mas que todos chamam de rua Quin-ze. Este sobrado tem escadas e do alto das escadas descem sons. Os sons me encantam, chamam-me. Subo. Há um homem, forte, por trás de um vidro, e ele fala num aparelho. Crianças cantam. Cantam - cantam músicas de Natal. Colo o rosto no vidro, para ver e ouvir melhor, e embaço o vidro. São Pastorinhas, reconheço. Desconfio que cheguei a um lugar perto do Céu, pouquinho antes de o Menino nascer. Há alguém comigo, e quer ir embora. Decido ficar. O homem chama-se Zé Lambique, ou Alambique, não sei, ele não diz direito. Sei que esta música - que o rádio faz cantar - cantará em mim o resto da vida. Tenho 6 anos e a alegria que sinto seja para todos.
Trocar letrasDigite as letras que aparecem na imagem acima