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Mensagem: Gente, como esta senhora, de 94 anos, escreve bem. Que memória, que frescor de recordações, que beleza de sentimentos, de doçura e de bondade. Que precisão de narrativa, simpleza pura: ´- Eu o conheci ainda criança e quero mostrar as facetas desta fase, ao lado do pai, e que muita gente desconhece. 1926... Montes Claros era uma cidade pequena e pobre, triste e escura e poeirenta. Carros de bois chiando nos cocões, sulcando as ruas estreitas e esburacadas deixando atrás de si os sinuosos rastos e seu lamurioso som. Tudo era simples e simples também era a vida daquela gente. Um dia surgiu nesta cidade, não sei como, para a surpresa de todos um homem que chamava a atenção de todos, um tipo diferente e inesquecível. Usava roupas grossas de lã, cachecol de cores alegres aconchegado ao pescoço, característica de quem viveu sempre em clima frio, grande cachimbo no canto da boca, fala enrolada com sotaque acentuado. Ele era para a admiração de todos, um estrangeiro e se chamava Christoff. Forte bonachão, olhos azuis e tranqüilos brilhando num rosto excessivamente corado, era o tipo do estrangeiro acostumado a vida dura do após guerra. Aqui chegou, aqui viveu longos anos conquistando a cidade e sua gente. Todos o conheciam e chamavam-no de Cristo para menor esforço.´ É preciso repetir. Isto tudo aos 94 anos, de grande vigor e beleza. Seus textos, pelo que sei, são publicados in natura, sem revisão que os macule minimamente. Portanto: todos de pé, para aplaudir a Grande Dama - Dona Ruth Tupinambá Graça. Não sem merecimento retratada entre nós como a Cora Coralina desse sertão de cá. E que ela escreva sempre mais, muito mais, por décadas ainda, para que no mais íntimo possamos repetir, felizes - Sim, Nós Temos História! E Temos Escritora.
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