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Mensagem: José de Alencar, o tempo acabou! José Prates Esse dia ninguém sabe; só o Pai. Mas, esse dia não foi surpresa para José de Alencar, mineiro teimoso e cheio de amor pela vida por que lutou durante treze anos. O câncer que lhe alojou no intestino não lhe amedrontou e contra ele lutou bravamente. Ali estava o mineiro valente decidido a não se entregar à enfermidade. Com bravura, ignorou a doença que lhe consumia devagar e exerceu com altivez e competência o mandato que o povo brasileiro lhe outorgou. Não foi uma nem duas, mas, muitas as vezes que assumiu a Presidência do País na ausência do Presidente. Assumiu com competência e dignidade, sem nunca usar a doença para fugir do dever. Estava enfermo; o câncer estava minando-lhe o organismo, ele, porém, ignorava o inimigo, dispondo-se à luta para desempenhar a missão que os seus irmãos brasileiros do norte e do sul; do leste e do oeste lhe confiaram como Vice do Presidente Lula. Foram dois mandatos cumpridos com altivez e serenidade, sem reclamações contra isto ou aquilo, nem queixar-se da saúde. José de Alencar, mineiro de Muriaé, décimo primeiro filho de uma família numerosa, nasceu pobre e pobre foi até entender-se por gente e dispor-se à luta. Lutou e venceu. Grande empresário na industria têxtil deixa fabricas que empregam milhares de trabalhadores, lutadores como ele sempre foi. Venceu todas as dificuldades e tornou-se rico em tudo, até que o câncer viesse para desafiá-lo à luta pela vida. E ele lutou bravamente mostrando a cada brasileiro que a vida é uma doação de Deus e por ela devemos lutar contra tudo e contra todos, sem escolher dia ou hora. E isto ele fez durante treze anos, sem tréguas. Hoje, a luta acabou, ele foi embora levado pela norte. As forças terminaram e a luta chegou ao numa arena pequena, com poucos assistentes. Não foi José de Alencar que jogou a toalha, foi o tempo que terminou e Deus apitou dando a luta por encerrada. Não houve vencido nem vencedor. Apesar disso, vamos sentir falta do Zé. Muriaé perdeu um filho, mas, o Brasil perdeu muito mais: não perdeu, apenas, um filho, mas, um dos mais ilustres. (José Prates, 84 anos, é jornalista e Oficial da Marinha Mercante. Como tal percorreu os cinco continentes em 20 anos embarcado. Residiu em Montes Claros, de 1945 a 1958, quando foi removido para o Rio de Janeiro, onde reside com a familia. É funcionário ativo da Vale do Rio Doce, estando atualmente cedido ao Sindicato dos Oficiais da Marinha Mercante, onde é um dos diretores)
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