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Mensagem: Rua Bocaiúva e Rua João Souto A lembrança das pessoas que fizeram a história da Rua Bocaiúva, tão bem narrada nesse mural por Alberto Sena, me faz retornar ao passado. Revejo cada morador, cada casa, cada esquina e relembro bem os fatos que vivenciei por aquelas redondezas, onde passei boa parte da minha infância e toda a minha juventude. Apenas para completar, gostaria de citar que, na esquina da Rua Urbino Viana, exatamente onde terminavam as casinhas de “seu” Jaime Rocha, do outro lado da rua, ficava a casa do Tenente Esmeraldo, promotor anual de uma animada quadrilha que era realizada por época das festas juninas, com direito à canjica, no campinho acima da linha, em frente à casa de Manoel Emiliano. Mais adiante, morava “seu” Carrin e dona Daluz, pais de Edson Bororó, Carlos, Paulão, Cida e outros irmãos. Vizinho a eles, no mesmo lado da rua, morava a família de “seu” Pedro, fabricante e vendedor de uma deliciosa cocada. A casa em frente pertencia à família de “seu” Pequim, ferroviário, casado com dona Engrácia e pai de Maúcio, Lelê e outros. Na esquina da Rua Piauí ficava a casa de “seu” Antonio, soldado reformado da Polícia Militar, casado com dona Jandira, professora de corte e costura. Não tinham filhos, mas eram pais adotivos de Fátima e Irani. Tinham ainda por companhia uma senhora já bem idosa de nome Ranulfa. À esquerda, logo abaixo, numa casinha à beira da barroca, morava Bernarda, solteira e sozinha. Vivia de lavar roupa e, aos domingos, matar e limpar frango para o almoço dos vizinhos. À direita, já do outro lado da barroca, ficava a casa de “seu” Fialho, porteiro do Cine Coronel Ribeiro e pai de Mauricio e Robertinho. No final do quarteirão, na esquina da Rua Porto Alegre, encontra-se ainda à esquerda a casa de “seu” Gersino e dona Meza, pais de Waldir, Dr. Valdivino, Gerson, Milva, Lúcia, Rubens e Ruy. Voltando à esquina de Antonio soldado, entre a Rua Bocaiúva e a Rua João Souto, encontrava-se a casinha de “seu” João Barbeiro e dona Dala, meus pais. Ali vivi com meus irmãos Nice, Geraldo e Joãozinho. Tínhamos por vizinhos “seu” Cristino carpinteiro, casado com dona Maria e pais de Ruy, Zé, Lurdes, Lena e Tina. Impossível falar da Rua Bocaiúva sem citar a Rua João Souto, paralela àquela e cuja proximidade e amizade entre os moradores de ambas as ruas, fazem-na merecedora de citação. A Rua João Souto, que em tempos mais antigos já foi Rua Camilo Prates em toda a sua extensão, inicia-se na Praça Coronel Ribeiro. No seu final, já na grande barroca onde hoje é a Avenida João Luiz de Almeida (prolongamento da Sanitária), havia um campinho bem próximo à casa de Tone Boi Branco, onde a meninada jogava bola nas tardes e nos finais de semana. Logo acima, subindo a rua em direção ao centro, moravam “seu” Izead, topógrafo, casado com dona Lurdinha. Tinham um filho homem, Zé, e mais oito ou nove filhas mulheres, todas com o nome Maria acrescido de outro nome que as distinguia. Ao lado, estava a casa de “seu” Geraldo e dona Ló, pais de João, Tone, Ildeu e mais uma irmã já casada. Na esquina com a Rua Piauí, morava “seu” Alencar cearense, irmão do Padre Alencar. Muito bravo e de voz firme, possuía um jipe Candango e era casado com dona Sofia. Lembro-me de seus filhos Dindoca, Reinaldo e Lurdinha. Ainda na esquina, do outro lado da rua, no início do quarteirão seguinte, morava a família de “seu” Josué Lessa, irmão de Samuel Lessa e tio dos médicos Elton e Elio Rocha Lessa. Dos filhos de “seu” Josué, me lembro bem de Naná, Dozinho, Xien e Nenega. Bem ao lado, estava a casa “seu” Geraldo Alves, funcionário do DNOCS, casado com dona Preta, pais de Lau, Sãozinha, Mirinha, Verinha e dos gêmeos Cosme e Damião. Bem em frente, morava a família de dona Adelaide de Freitas, viúva, mãe de Clóvis, Kita, Zé Racine e Cantídio, que mais tarde viria a ser juiz de direito. Tinham por vizinhos à esquerda “seu” Lúcio e dona Maria Helena, pais de Dim, Agostinho, Fátima, Vera, Célia, Tadeu e João. Em frente, do outro lado da rua, ficava a casa de “seu” Honorato e dona Senhorinha, fazendeiros e pais de Waldemar, Zé Luiz, Tone, Nina, Nelson, Joaquim e Anita. Eram seus vizinhos “seu” Lídio e dona Santa, pais de Dim e mais uma filha adotiva. Em frente à casa deles, morava um outro fazendeiro, “seu” Isaltino, que nos finais de semana chegava da fazenda com sua Ford F-100 verde e branca, capota de lona, carregada de laranjas. Do mesmo lado, já na esquina da Rua Urbino Viana, ficava a casa de “seu” Zé Pinto, pai de César, Fernando, Tone, Soledade,Sílvio e mais uma irmã. Na mesma esquina, em frente, encontrava-se a casa de “seu” Ferreira e dona Kilu, moradores em Água Boa, mas que aqui mantinham a casa para estudar os filhos Tico, Soly, Waltinho, Ilmar e Elder. Na outra ponta da esquina, com uma vendinha na frente e a casa nos fundos, morava “seu” Argemiro, negro esquio e muito alto, óculos fundo de garrafa, casado com dona Flora, a quem víamos sempre demonstrando cansaço devido a uma bronquite crônica que tinha. Um pouco mais adiante morava “seu” Chumbo, fazendeiro em Francisco Sá, pai do médico Manoel e do engenheiro Eduardo. Em frente, morava “seu” Silvestre, dono de uma motocicleta antiga e barulhenta. Mantinha nos fundos da casa, com saída para a rua Bocaiúva, uma pequena carpintaria. Do outro lado e um pouco mais à frente, ficava a casa de “seu” Zé Gonçalves e dona Bebeta, pais do desembargador Nívio Gonçalves. Dali em diante, em direção à Praça Coronel Ribeiro, me lembro vagamente de algumas famílias, mas não me recordo de seus nomes. Que os muralistas que viveram naquela rua me ajudem nessa tarefa.
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